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Como Funciona a Escritura de Imóvel?

Como Funciona a Escritura de Imóvel?

A escritura é um documento público lavrado em cartório que dá validade jurídica à transação entre comprador e vendedor.

O processo segue passos claros: primeiro há o acordo entre as partes. Depois, assinam o instrumento no cartório de notas. Em seguida, leva-se o documento ao cartório de registro para atualizar a matrícula.

Sem esse ato, a transferência não se consolida perante terceiros e a segurança do negócio fica comprometida. A obrigatoriedade existe para compras acima de 30 salários mínimos, segundo o Código Civil.

Em financiamentos pelo SFH/SFI, usa-se um instrumento particular com força similar, com gravame anotado na matrícula e cancelado após a quitação. Não formalizar pode permitir que o vendedor permaneça como titular e até revenda o mesmo bem, gerando litígios.

Principais conclusões

  • Escritura pública valida juridicamente a compra e venda.
  • Assinatura ocorre no cartório de notas; o registro atualiza a matrícula.
  • A formalização garante segurança patrimonial e prova de propriedade.
  • Obrigatoriedade acima de 30 salários mínimos; há exceções em financiamentos.
  • Faltar a escritura expõe o comprador a riscos de revenda e disputas.

Visão geral: o que é a escritura de imóvel e por que ela importa

Um documento público redigido por tabelião no cartório transforma um acordo privado em prova legal. Essa formalização descreve preço, identificação das partes e a descrição do bem.

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Escritura pública em cartório de notas: validade jurídica da compra e venda

A escritura pública confere validade à transação e precede o registro que atualiza a matrícula. Só depois do registro o comprador se torna titular perante terceiros.

Riscos de não formalizar: perda do bem e insegurança

Sem a escritura, o comprador pode ter dificuldade em provar a aquisição. Isso abre espaço para que o vendedor venda novamente ou para disputas judiciais.

  • Obrigatoriedade legal: transferências acima de 30 salários mínimos exigem formalização, conforme a lei.
  • Financiamento: contratos SFH/SFI têm efeito similar quando registrados.

Imóvel escritura de imóvel como funciona

Antes de assinar, há checagens essenciais que garantem segurança jurídica ao processo. Essas etapas evitam surpresas e protegem o comprador e o vendedor.

Da negociação ao cartório: quando emitir a escritura pública

Após o acordo entre as partes, o primeiro passo é validar documentos pessoais e a matrícula atualizada do imóvel. Só então se agenda a lavratura no cartório notas.

Também é necessário reunir certidões e, se alguém não puder comparecer, providenciar procuração pública. Assim, o fazer escritura ocorre sem atrasos no dia marcado.

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Da escritura ao registro: quando a propriedade é, de fato, transferida

Depois da assinatura vem o recolhimento do ITBI e o encaminhamento ao cartório registro competente. A transcrição na matrícula é o ato que efetiva a transferência.

“A assinatura não substitui o registro; somente com averbamento o comprador passa a constar como titular.”

Em financiamentos, o contrato com força legal é registrado com anotação de alienação fiduciária até quitação.

Escritura x registro de imóvel: diferenças, ordem correta e efeito na matrícula

Nem toda assinatura no cartório torna alguém proprietário; o passo seguinte é crucial.

A diferença escritura x registro está na finalidade. A escritura é o documento público que formaliza a compra e entrega prova das partes.

O registro, por outro lado, é o ato que transfere a propriedade no Cartório de Registro de Imóveis e atualiza a matrícula para o nome do comprador.

Sem o registro, a transação não se torna oponível a terceiros, mesmo quando existe uma assinatura válida. Isso mantém riscos de litígio e ônus não declarados.

  • Ordem correta: lavrar a escritura no tabelionato; depois protocolar no cartório registro imóveis da circunscrição do bem.
  • Territorialidade: o registro deve ser feito no cartório competente; a escritura pode ser feita em qualquer tabelionato de notas.
  • Vantagem prática: entender essa distinção evita retrabalho, custos extras e indeferimento no protocolo.

“A escritura prova o acordo; o registro confere eficácia real.”

Passo a passo para fazer a escritura com segurança hoje

Organização e conferência de papéis garantem maior segurança no ato. Antes de qualquer assinatura, monte um checklist com os documentos pessoais do comprador e do vendedor e com as certidões do bem.

Reunir a documentação necessária

Solicite RG, CPF, certidão de estado civil e comprovante de endereço de todas as partes. Quando couber, inclua pacto antenupcial.

Do bem, peça a matrícula atualizada, certidão de ônus e ações, IPTU quitado e comprovantes condominiais.

Pagar o ITBI e conferir dados antes da assinatura

Calcule o valor do imposto conforme a legislação municipal e guarde o comprovante. Revise nomes, CPF, estado civil e a descrição do imóvel no rascunho.

Assinar no cartório de notas e protocolar no registro

A assinatura ocorre no cartório de notas, com presença das partes ou de procuração pública. Em seguida, protocole o documento no cartório de registro da circunscrição do bem.

Atualizar a matrícula: quando o comprador vira proprietário

após a averbação na matrícula o comprador passa a figurar como titular e a transação se torna oponível a terceiros.

“Revise e corrija erros materiais no tabelionato antes do registro para evitar problemas futuros.”

Documentos essenciais para a escritura: comprador, vendedor e imóvel

Antes de levar o documento ao cartório, é preciso reunir uma lista mínima de papéis pessoais e do bem.

Documentos do comprador e do vendedor

Para as partes, solicite RG, CPF e certidão de nascimento ou casamento atualizada. Inclua pacto antenupcial quando houver.

Também peça comprovante de endereço e indicação da profissão. Esses dados constam no corpo do ato e evitam correções posteriores.

Documentos do imóvel

Do bem, reúna a matrícula atualizada e a certidão de ônus e ações emitida pelo cartório de registro. Junte certidões forenses locais que possam revelar litígios.

Adicione comprovante de IPTU, declaração de inexistência de débitos condominiais e o comprovante de recolhimento do ITBI quando aplicável.

  • Alguns tabelionatos podem pedir planta, laudos ou a escritura anterior — confirme antes.
  • Verifique coerência entre matrícula, endereço e área para evitar exigências no registro.
  • Reunir toda a documentação acelera a lavratura e reduz exigências posteriores.

“Documentar corretamente é a melhor prevenção contra surpresas e atrasos.”

Para detalhes práticos sobre o rito e exigências, entenda o processo e prepare os papéis com antecedência.

Quanto custa a escritura e o registro: tabelas estaduais, ITBI e possíveis isenções

Saber quanto custa a formalização evita surpresas no fechamento do negócio. Os valores variam por estado e por município, por isso é importante simular antes de assinar.

Entendendo taxas e emolumentos por estado e pelo valor do bem

As cobranças do tabelionato seguem tabelas progressivas publicadas anualmente. Isso significa que o valor do ato cresce conforme faixas do preço declarado.

Além dos emolumentos, incide o ITBI, que é definido por lei municipal, e taxas administrativas. Peça ao cartório e à prefeitura um orçamento detalhado antes do fechamento.

Gratuidade para famílias hipossuficientes: quando é possível

Algumas pessoas têm direito à gratuidade. Em geral, há requisitos de renda e comprovação que variam conforme normas locais.

“Consultar tabelas estaduais e simular custos reduz riscos e facilita o planejamento financeiro.”

  • Consulte Corregedorias ou ANOREG para tabelas e atualizações.
  • Em financiamentos SFH/SFI, há custos de registro e de averbação da alienação fiduciária.
  • Considere custos extras: certidões, diligências e eventuais retificações.

Exceções e casos especiais: financiamento, usucapião e “contrato de gaveta”

Algumas situações recebem tratamento jurídico especial, independente da lavratura comum. Nelas, a transmissão bens imóveis ocorre por vias distintas e exige atenção ao registro final.

Financiamento SFH/SFI e alienação fiduciária

No financiamento pelo SFH ou SFI, o banco firma um contrato particular que tem força similar à escritura quando levado ao cartório registro imóveis.

A propriedade fica gravada por alienação fiduciária na matrícula até a quitação. Ao pagar a dívida, a instituição emite carta de quitação.

Com esse documento, o comprador solicita ao registro imóveis a baixa do gravame e a consequente liberação da transmissão bens.

Usucapião e regularização

A usucapião permite adquirir a propriedade por posse prolongada. O procedimento pode ser judicial ou extrajudicial.

Essa via não segue a lógica típica de compra venda, mas deve terminar com ato registral válido para conferir segurança perante terceiros.

Contrato de gaveta: riscos e limites

O contrato de gaveta é um acordo particular sem eficácia para registro. Ele não substitui a escritura pública nem o registro, e mantém o vendedor como titular.

Risco: o comprador fica exposto a perda do bem e a litígios. Recomenda-se assessoria e redirecionar o acordo para instrumento registrável.

“Qualquer exceção só se consolida com um ato registral efetivo; o registro é que garante a oponibilidade a terceiros.”

  • Recomendação: buscar orientação para transformar contratos particulares em títulos registráveis.
  • Verificar a documentação bancária e a carta de quitação antes de solicitar a baixa no cartório registro imóveis.
  • Priorizar atos que confiram segurança ao comprador e ao vendedor.

Conclusão

O fechamento legal do negócio combina documento público, pagamento de tributos e registro final no cartório. Essa sequência torna a compra venda válida e transfere a titularidade na matrícula.

Para garantir a propriedade no nome do comprador é preciso seguir o processo completo: reunir documentação, recolher o ITBI e protocolar no cartório competente. Os custos variam conforme o valor e as tabelas estaduais, por isso convém simular antes.

Contratos informais não substituem atos registráveis. Em casos de financiamento SFH/SFI ou regularização, confirme a registrabilidade do título para preservar a segurança patrimonial e evitar riscos ao futuro proprietário.